Sou soprano, mas este blog não fala só de música, é mais para alimentar o velho e bom hábito de escrever (leia-se digitar)
sábado, 9 de agosto de 2008
"...nada, nada é meu, nem o pensamento"
"...nada, nada é meu, nem o pensamento". Assim diz um trecho de uma música de Jorge Aragão. E assim é. Dias atrás comentava isso com um amigo. Não a música, mas aquilo o que está implícito na frase. Ora, o pensamento é o que há de mais rápido (não falemos na velocidade da luz ou do som). É meio que involuntário. Ainda que eu diga: "hoje pensarei tal assunto", por mais que assim o queira, outro pensamento pode, teimosamente, invadir minha mente e meus planos vão por água abaixo.
O pensamento vem porque vem (essa foi demais, hein?), não porque se peça. Está além da vontade. Creio não ser possível controlá-lo por completo (se estiver errada, alguém me corrija). E deve ser por isso que a maior luta que travamos é contra nós mesmos. Não queremos pensar em tal coisa, mas a tal coisa insiste em estar em nossos pensamentos.